A técnica e postura de Andrés Segóvia

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A posição clássica de tocar, mostrada por Segóvia, oferece o suporte (apoio ou banquinho de pé) mais seguro para o instrumento e permite total liberdade de movimentos das mãos, para que a performance seja relaxada, precisa e perfeita. Segóvia usa uma cadeira sem braços [Suporte (ou apoio, banquinho) de pé para violão] e senta-se na frente do assento. 


O corpo ligeiramente inclinado para a frente, o plano do violão seguro verticalmente permitindo que você visse apenas a borda da escala e a sexta corda. Para ver a escala inteira, você pode abaixar a cabeça para a frente, sem alterar a posição do violão. Segóvia usa um banco plano (cerca de treze centímetros de altura) colocado na frente da perna esquerda da cadeira; a ponta do pé esquerdo repousa na borda do banco, deixando o calcanhar livre. 


Esta posição permite uma certa flexibilidade na perna e no pé esquerdo. O pé direito é colocado um pouco mais para trás, para o lado da perna direita da cadeira; o pé é apoiado pela ponta, e não por toda a planta do pé no chão. 


O instrumento é assim suportado por quatro pontos: as coxas direita e esquerda, a parte inferior do braço direito e o peito. O sulco [curva lateral] inferior do violão é colocado na coxa esquerda. A parte superior do braço direito repousa na parte mais larga do tórax, deixando o antebraço pendurado completamente livre. 


Para verificar se o braço direito está em uma posição correta, balance o antebraço do cotovelo, sem exercer nenhum esforço muscular. Se isso for bem-sucedido, a posição provavelmente estará correta e levará a mão direita para a posição mais favorável em relação às cordas.


A parte superior do braço esquerdo de Segóvia pende verticalmente a partir do ombro, deixando o cotovelo perto do corpo, o mais confortavelmente possível. Isso elimina a necessidade de esforço muscular para apoiar o braço e contribui para o relaxamento geral do corpo [meu amigo e professor, Antônio Manzione, situava o encosto abaixo três dedos da junção entre cotovelo e antebraço, lembrando que a mão direita deve formar uma concha]. 


A mão do violão fica aproximadamente a altura da clavícula. Isso permite orientar o braço do violão em um ângulo de cerca de trinta graus com o plano horizontal para alcançar a posição mais favorável. O ombro esquerdo não deve ser levantado, mas deixado em uma posição naturalmente relaxada. 


O objetivo de assumir uma boa posição é dar ao executante uma pose [postura] relaxada, mas pronta, que permita uma orientação precisa no espaço, para uma execução segura [vendo gravações em vídeo de Segóvia nos deparamos com um êxtase tranquilo e relaxado de movimentos levemente circulares de todo o corpo].